quinta-feira, 23 de julho de 2009

Noite chuvosa de fuga

Querem me pegar,
querem que diga o que mandarem,
que eu faça o que fazem
Não, não irei ceder
Jamais serei comandado por quem abomino!

Fugindo na noite como uma sombra
Me escondendo
O céu está cinza, mas eu gosto
Prefiro o céu cinza da fuga,
ao teto branco da rendição!

Escondido nas sombras
Correndo silenciosamente na noite
Serei eu o fugitivo?
Serei eu um louco
Esgueirando-se na noite?

Sou eu um louco,
mas faço o que acho correto
São eles saudáveis,
mas não seguem suas próprias consciências
Então pergunto: quem há de estar certo na história?


Hamlet.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Bicho - Manoel Bandeira

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


Manoel Bandeira.


Bichos, nós?


As pessoas acham estranho uma pessoa procurando comida no lixo, mas não acham estranho ver um rato, um cão, nem mesmo um gato fazendo isso...

Então o cão, o gato e o rato não são seres vivos? Não merecem alimento limpo e bem preparado? Se as pessoas acham que só os humanos merecem viver dignamente estão erradas, afinal não fosse a ganância e a afobação dos homens os animais ainda teriam a natureza e tudo que ela oferece de bom para eles!

Mas é claro que as pessoas não ligam quando vêem um rato, um cão ou um gato passando fome... Grande parte delas não liga nem quando ve outra pessoa passando fome.

Depois ainda nos dizemos superiores... hunf... Pobres seres humanos, tão inferiores...


Hamlet.

sábado, 11 de julho de 2009

Ser louco não é ser doente

O que seria das pessoas sem a loucura? A loucura já nasce conosco, mas só alguns conseguem percebe-la!

E perceber a própria loucura é tão raro que quando alguém percebe ser louco é tratado como um doente!

Ah! Loucura não é saltar contra as paredes, loucura não é gritar! Loucura é fazer as coisas do nosso modo, fazer o que achamos que é certo, mesmo que achemos que o certo é saltar contra as paredes e gritarmos!


Hamlet.

Padrões

Não sou o que QUEREM que eu seja! Sou quem eu quero ser!
Pois se eu fosse o que querem, não seria eu mesmo...
Sim, me chame de LOUCO, não sigo os padrões das pessoas: Sigo meus próprios padrões!
E se acha isso errado é porque segue os padrões das pessoas...

Se acha que não estou certo siga os padrões das pessoas... Vença na frente da sociedade... e definhe na frente de si mesmo!

Me chame de LOUCO! Eu gosto! Sou tão LOUCO que prefiro viver do meu modo, do que ser uma marionete da sociedade!


Hamlet.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Críticas...

Pessoas, pessoas...

O que são senão membros de um mundo que sonham ser perfeito, mas que elas mesmas estragam e transformam em cinzas?

As pessoas criticam as outras sem olhar seus próprios erros, e o pior: elas sabem disso! Sabem que são tão erradas quanto quem criticam, sabem que não sabem nada e mesmo assim dizem saber tudo...

Eu? Sei que erro e não critico uma única pessoa por um único erro! Critico todas as pessoas por todos os erros, inclisive: sei que erro e me critico por isso! Nem mesmo eu escapo de minhas críticas!


Hamlet.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Mundo é mais complexo do que parece

Texto inspirado em aulas de Filosofia e na vida:

O segundo ano do ensino médio foi o único em que tive aula de Filosofia, o único ano em que eu tive uma aula que realmente ensinava alguma coisa. E durante essas aulas descobri algo: a vida realmente não é essa caixinha em que cada dia é um fósforo a ser riscado, ela é muito mais complexa e relevante do que isso.

A vida, para muitos, é igual todos os dias: os mesmos problemas, obrigações, mesmas tarefas a serem cumpridas, isso é paradoxo: se cada um de nós parasse para pensar em quantas possibilidades diferentes existem a cada momento, por menor que seja esse momento, e percebesse o quão abrangente é a vida em todos os sentidos aí sim estaríamos preparados para tentarmos ser felizes.


A maioria das pessoas não enxerga o mundo com os olhos certos, enxergam o mundo apenas com seus próprios olhos, não que isso seja errado, mas a vida não é igual em todos os pontos de vista. Se analisarmos um mesmo fato de vários pontos de vista diferentes vemos que isso é verdade.


O que difere as pessoas intelectualmente é nada menos do que a maneira que cada uma enxerga o mundo a sua volta, quanto mais uma pessoa sente necessidade de aprender, mais ela estuda, quanto mais uma pessoa sente que o mundo muda e que ela deve mudar junto, mais ela vai se esforçar para mudar. E é aí que começam aparecer as diferentes opiniões, nenhuma opinião está errada do ponto de vista de quem opina.


A maneira que cada pessoa tem de entender o mundo é o que faz sua personalidade, e quando tentamos mudar nosso mundo estamos tentando mudar todo o mundo a nossa volta, quando mudamos nossa opinião estamos tentando enxergar o mundo de uma maneira diferente, uma maneira que se não for igual, será ao menos parecida com alguma das outras 5 bilhões 999 milhões 999 mil 999 maneiras humanas de ver o mundo, isso sem contar as maneiras não humanas.


É assombroso, não? Não sei, isso depende da sua maneira de ver o mundo.

Pessoas

As pessoas pensam que sou louco, pensam que definho, pensam que não penso...

Sim, estou louco! Mas minha loucura não é nada comparada à loucura de quem me acha louco!
Estou louco e sei que estou louco! Eles estão loucos e não sabem disso!

Quem chama os outros de loucos não ve sua própria loucura! Quem acha que não está louco é louco e não sabe disso!

Por isso as pessoas são tão complicadas, são loucas e se acham saudáveis, não percebem que a loucura faz parte da vida e chamam os excêntricos de loucos.

Os excêntricos (loucos) sim, estão certos: pois vem o mundo de sua forma e não da forma que os outros mandam. Portanto, pode me chamar de excêntrico ou de louco, tanto faz, pois os dois são as mesma coisa... e se ser saudável é ver o mundo de outra forma e não da minha, sou louco e prefiro assim... as pessoas que pensem o que quiserem!


Hamlet.

Loucos e saudáveis

O que seria dos saudáveis sem a loucura? O que fariam se não houvessem loucos como eu para se gabarem de como são saudáveis? O que seria dos saudáveis sem os loucos para quem olham tentando se sentir melhores?

Por outro lado, o que seria de nós, loucos, sem os saudáveis para podermos ver como estamos certos em sermos loucos e não seguirmos caminhos que não queremos, caminhos que sabemos que são errados.

O que seriam dos loucos sem os saudáveis para dar o exemplo de como não fazer...


Hamlet.